Você já ouviu falar em fisting? Essa prática sexual, considerada por muitos como extrema, ainda é cercada de curiosidade, tabu e — para quem experimenta com segurança e consentimento — muito prazer.
Apesar de parecer algo restrito a nichos específicos, o fisting tem ganhado espaço em diversas dinâmicas sexuais, indo do universo gay à vivência heterossexual e a práticas solitárias. Mas o que exatamente é o fisting, como ele funciona e por que algumas pessoas o consideram tão estimulante?
O que é fisting?
Fisting (do inglês fist, punho), também conhecido como handballing, é uma prática sexual em que se introduz a mão — às vezes até parte do antebraço — na vagina ou no ânus de uma pessoa. Embora inicialmente tenha surgido em contextos da sexualidade masculina gay, a prática se diversificou e hoje faz parte da exploração sexual de muitos casais, inclusive héteros, lésbicos e bissexuais.
Como é feito o fisting?
A forma mais comum e segura de iniciar o fisting é com a técnica conhecida como “bico de pato”: todos os dedos são reunidos em formato pontiagudo, facilitando a penetração gradual. O movimento é lento e exige muita atenção aos sinais do corpo da pessoa que está recebendo a penetração (o ou a fistee).
Alguns cuidados fundamentais:
- Lubrificação é essencial: o uso de lubrificantes à base de água ou silicone em grande quantidade reduz o atrito e evita lesões.
- Higiene em primeiro lugar: lave bem as mãos, corte e lixe as unhas, e prefira o uso de luvas descartáveis de látex ou silicone.
- Comunicação é indispensável: essa prática exige extrema confiança e diálogo entre quem dá e quem recebe.
- Progresso gradual: nunca se deve forçar a entrada. O prazer está justamente na entrega consciente e progressiva.
- O reto exige mais cuidado: a parede retal é mais sensível que a vaginal e, portanto, está mais sujeita a lesões se o movimento for brusco ou mal conduzido.
Por que algumas pessoas gostam tanto?
Apesar de parecer algo “radical” para alguns, o fisting pode proporcionar uma intensidade de prazer única. A dilatação causada pela penetração estimula áreas altamente sensíveis da anatomia interna — como o colo do útero, o ponto G ou a próstata — o que leva algumas pessoas a descreverem orgasmos mais profundos e envolventes.
Além disso, o fisting envolve um alto grau de intimidade, vulnerabilidade e entrega emocional. Para muitos casais, essa prática é uma maneira de aprofundar a conexão, o cuidado e a confiança mútua. E sim, pode ser uma experiência extremamente erótica e provocante.
Fisting é seguro?
Sim — desde que realizado com informação, respeito, higiene e muito cuidado. As principais complicações envolvem lacerações, hemorragias ou perfurações, geralmente causadas por movimentos bruscos, falta de lubrificação ou despreparo.
Portanto, é fundamental:
- Pesquisar bastante antes;
- Conversar abertamente com o parceiro ou parceira;
- Começar devagar, sem pressa e com paciência;
- Parar imediatamente ao menor sinal de dor, incômodo ou sangramento.
Conclusão
Fisting é mais do que uma prática sexual intensa: é uma jornada de exploração, conexão e prazer. Para quem tem curiosidade, o primeiro passo é deixar de lado o julgamento, buscar informação segura e estar aberto(a) ao diálogo e à escuta do corpo.
Lembre-se: o corpo é um território de descobertas, e cada pessoa tem seus próprios limites e desejos. O importante é que tudo seja consensual, respeitoso e prazeroso para quem está envolvido.