Na semana passada, falamos sobre o tão polêmico quanto gostoso beijo grego — uma prática que já deixou de ser tabu para muita gente. Agora, vamos continuar essa conversa picante mergulhando ainda mais fundo no universo do sexo oral, com um toque histórico, dicas práticas e provocações para você se deliciar (ou provocar alguém para isso).
Sexo oral na história: do pecado ao prazer
Você já parou para pensar como o sexo oral era visto antigamente? Para entender o contexto, precisamos voltar um pouco no tempo, lá para o século V, depois da queda do Império Romano do Ocidente. Entramos então na temida Idade Média, período em que a Igreja Católica ditava as regras morais — inclusive as do sexo.
Naquela época, o sexo era visto unicamente como um ato de procriação. Prazer? Impensável. A única posição considerada “aceitável” era a papai-e-mamãe. Outras posições — de lado, sentados, em pé ou por trás — eram consideradas pecaminosas. A penetração anal e o sexo oral? Eram vistos como atos demoníacos.
Não é à toa que tanta repressão sexual gerou séculos de culpa, medo e ignorância sobre o próprio corpo. Foi só com o surgimento do Romantismo, no século XVIII, que os desejos começaram a ser celebrados como expressões humanas legítimas — incluindo o sexo por prazer.
Vamos ao que interessa: como fazer um bom sexo oral?
Agora que já demos esse mergulho no passado, vamos ao presente com dicas práticas para que o sexo oral seja uma experiência inesquecível — para quem dá e para quem recebe.
1. Crie o clima
Antes de ir direto ao ponto, desperte o desejo com carícias, beijos no corpo todo, olhares profundos e palavras excitantes. Um clima bem construído torna o sexo oral ainda mais intenso.
2. Boca, mãos e brinquedos: tudo junto e misturado
Não pense que só a boca entra em ação. Use as mãos com delicadeza e, se quiser inovar, traga brinquedinhos como sugadores de clitóris ou massageadores de próstata para apimentar ainda mais.
3. Para ela: mais do que o clitóris
Explore toda a vulva, começando pelas laterais dos pequenos lábios, passando a língua lentamente e assoprando de leve até chegar ao clitóris. Observe as reações dela — gemidos, suspiros, movimentos — e vá guiando sua intensidade com sensibilidade.
Se quiser usar os dedos junto, insira com a palma virada para cima e procure a parte mais rugosa da parede vaginal, estimulando com movimentos circulares suaves (isso mesmo, o famoso ponto G).
Evite sucção forte e cuidado com a rigidez da língua. Firmeza é uma coisa, rigidez é outra. Dê mais atenção aos detalhes.
4. Para ele: da base aos testículos (e além, se quiser)
Segure a base do pênis com uma mão enquanto estimula os testículos com a outra. Beije e lamba lentamente toda a extensão, e se estiver à vontade com garganta profunda, vá com calma. Muitos homens também gostam de estímulo na região do períneo e até da próstata, mas aqui vale conversar e sentir se há abertura.
A boca deve ser quente, úmida e criativa. E claro: nada de dentes. Sensibilidade é essencial.
5. Ritmo é tudo
Comece devagar e vá aumentando a velocidade conforme o prazer aumenta. Mantenha a sintonia com a respiração e as reações da outra pessoa. Sexo oral bom é aquele que se adapta ao prazer de quem recebe — e que também dá prazer a quem oferece.
Sexo oral é arte. E conexão.
Muito mais do que uma “técnica”, o sexo oral é sobre conexão, entrega e escuta ativa do corpo do outro. Não há uma única receita infalível — há descobertas que acontecem com o tempo, com intimidade e com vontade de dar prazer.
Não tenha pressa. Tenha desejo. Explore sem medo e com respeito. Porque o melhor sexo oral é aquele em que há entrega, tesão e cumplicidade.